O mercado de capitais é formado por estruturas e processos que servem para garantir a disponibilidade de valores mobiliários de diferentes tipos. Entre os procedimentos que fazem parte desse ambiente estão a oferta pública e a oferta privada.
Ambas consistem em etapas de lançamento de ações, títulos e outros investimentos, mas são apresentadas de forma distinta ao mercado. Com isso, é importante conhecer cada uma das alternativas para entender o que pode fazer sentido para a sua estratégia.
Neste artigo, você compreenderá o que é a oferta pública e a oferta privada e saberá qual delas pode valer mais a pena. Continue a leitura e descubra!
Por que abrir capital no mercado financeiro?
Quando o assunto envolve a realização de ofertas públicas ou privadas, é comum que haja uma relação com a abertura de capital de um negócio no mercado. Esse processo consiste na mudança de status de uma empresa, que passa a negociar ações no mercado.
Normalmente, a estreia acontece via oferta pública inicial (IPO). A partir desse momento, os investidores podem adquirir ações para participar dos resultados da companhia em questão.
Para a empresa, a abertura de capital pode ser vantajosa para realizar a captação de recursos. Afinal, após a oferta inicial, o dinheiro segue para o caixa da instituição.
Outros motivos para abrir o capital envolvem o fortalecimento do negócio no mercado e o aumento da liquidez para os acionistas já existentes. Porém, como você verá, essa não é a única alternativa para obter recursos no mercado de capitais.
O que é a oferta pública e como funciona?
Depois de entender a possibilidade de abrir capital, vale a pena conhecer o que representa a oferta pública. Ela consiste em uma distribuição ampla de valores mobiliários para o público, sendo comunicada de forma extensiva a todo o mercado.
Nesse processo de oferta pública, pode ocorrer a disponibilização de ações, mas também a emissão de títulos, por exemplo. Algumas alternativas são as notas comerciais, também conhecidas como ou commercial papers, que podem ser distribuídas por meio de uma oferta pública, segundo a Instrução nº 566 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O que é a oferta privada e como funciona?
A oferta privada acontece de maneira diferente do procedimento público. Em vez de ela ser aberta ao público de modo amplo, esse tipo de oferta é voltado a um grupo selecionado de investidores interessados.
Nesse caso, portanto, não ocorre uma ampla divulgação da emissão de títulos. Em vez disso, a comunicação é direcionada para um conjunto fechado de pessoas físicas ou jurídicas, o que limita a participação.
Ainda, é importante notar que fazer uma oferta privada não é o mesmo que uma oferta pública com esforços restritos. O segundo caso está previsto pela Instrução nº 476 da CVM e dispõe sobre a possibilidade de os valores mobiliários serem distribuídos a um número menor de investidores.
Nesse cenário, a oferta acontece para 75 investidores profissionais, como um fundo de investimento. Porém, apenas 50 deles podem efetivamente investir. A diferença para a oferta pública tradicional é a isenção de registro na CVM.
Essa dinâmica tende a tornar o processo mais fácil e barato. Contudo, mesmo assim, a oferta pública com esforços restritos não é uma oferta privada. Portanto, é preciso ter atenção para não se confundir sobre as regras exercidas.
Quais são as principais diferenças entre as alternativas?
Como você viu até aqui, a oferta pública e a oferta privada funcionam de maneira distinta. Portanto, vale a pena se aprofundar nas diferenças que existem entre essas opções.
Uma das distinções é a necessidade de registro. Uma oferta pública tradicional precisa cumprir diversas etapas regulatórias, como registro na CVM, apresentação de prospecto e outras fases. Isso torna o processo mais caro e mais demorado, e também pode dificultar o acesso ao crédito.
Em uma oferta privada, por outro lado, não é preciso executar essas etapas de registro. Logo, o procedimento tende a ser mais dinâmico e acessível, facilitando a obtenção de recursos.
Ainda, a oferta pública costuma prever a obrigatoriedade de contratação de instituições intermediárias para sua realização. Enquanto isso, a oferta privada tende a ser mais flexível nesse sentido.
Outra diferença é o ambiente de negociação. Uma oferta pública de ações, por exemplo, prevê a negociação dos valores mobiliários na bolsa de valores. Já títulos emitidos de forma privada podem ser negociados em uma instituição depositária.
Qual tipo de oferta vale mais a pena?
Agora que você sabe quais são os tipos de oferta que existem no mercado, é interessante pensar em qual delas pode ser a melhor alternativa. Nesse sentido, avalie tanto os objetivos quanto as possibilidades do negócio.
A abertura de capital na bolsa de valores, por exemplo, costuma ter a oferta pública como padrão. Isso significa ter custos mais elevados com todas as etapas de registro, apresentação de prospecto e formação da oferta.
Nesse caso, uma possibilidade seria fazer uma oferta restrita. Porém, o alcance ao público não é tão elevado — e a estratégia de captação pode ficar comprometida.
Na emissão de títulos, por sua vez, a oferta privada pode apresentar diferentes vantagens. Afinal, a simplificação das etapas facilita o acesso ao crédito e gera mais rapidez e eficiência para obter os recursos.
Além disso, é possível contar com estrutura e segurança sem precisar enfrentar muita burocracia. Com a Laqus, o emissor tem apoio de uma instituição depositária, o que garante a ajuda na execução dos processos. Ademais, é uma forma de tornar a oferta mais atraente para os investidores.
Se você escolher a oferta privada, note que é importante ter atenção à divulgação. O mais comum é que o processo seja feito de maneira limitada, para evitar a caracterização de uma oferta pública. Afinal, isso levaria ao cumprimento das obrigações desse tipo de procedimento.
Agora você sabe o que é uma oferta pública e o que é uma oferta privada. Como vimos, elas apresentam diferenças nos custos e na burocracia e podem ser usadas em diferentes contextos. Analisar cada uma das possibilidades é essencial para decidir como fazer o lançamento de valores mobiliários.
Este artigo foi útil para você? Se quiser saber mais sobre as ofertas privadas, entre em contato com o nosso time da Laqus!
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