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3 aplicações financeiras atreladas à inflação para compor a carteira de investimentos

A inflação é um dos principais indicadores econômicos de um país. Ela representa o avanço contínuo e generalizado de preços de produtos e serviços, então impacta diretamente o cotidiano. Em um contexto de inflação mais elevada, buscar investimentos atrelados a ela pode ser interessante.

Desse modo, é possível proteger a carteira de maneira simples e efetiva. Porém, antes de investir, é necessário compreender como funcionam as aplicações desse tipo e como elas podem ajudar na sua estratégia de investimento para tomar decisões mais acertadas.

Neste artigo, você conhecerá 3 investimentos atrelados à inflação que podem compor e proteger o seu poder de compra. Confira!

Por que é importante proteger a carteira da inflação?

Como a inflação envolve uma medida de avanço de preços, ela também está relacionada ao valor do dinheiro ao longo do tempo. A tendência é que o aumento nesse indicador resulte em uma diminuição do valor da moeda. Logo, há uma perda do poder de compra, afetando diretamente o seu patrimônio.

Já em relação aos investimentos, especificamente, é preciso considerar os conceitos de rentabilidade nominal e rentabilidade real. A rentabilidade nominal corresponde à variação bruta entre o valor obtido ao final do investimento e o montante alocado inicialmente.

Por outro lado, a rentabilidade real desconta a inflação do retorno nominal. Desse modo, quanto maior for a inflação, menor será o resultado realmente obtido com o aporte. Em períodos de grande aumento desse indicador, há o risco de a rentabilidade real ser negativa.

Isso significa que, embora tenha havido rendimento sobre o patrimônio alocado, ele não foi suficiente para superar a perda do poder de compra. Nesse tipo de cenário, o seu patrimônio, além de não avançar realmente, sofre uma retração.

Como proteger o portfólio da inflação?

Considerando o impacto da inflação sobre o portfólio, é essencial tomar medidas que ajudem na proteção do patrimônio dos seus efeitos. Uma das formas de fazer isso é buscando investimentos que rendam acima desse indicador.

A ideia é encontrar aplicações que tenham um rendimento garantido que fique acima da taxa de avanço de preços da economia. Para tanto, é possível recorrer às alternativas de renda fixa, que apresentam a lógica de rentabilidade para o investidor antes do aporte.

Assim, você pode buscar investimentos que tenham a rentabilidade atrelada à inflação. Desse modo, há como garantir um avanço real dos seus recursos, mesmo quando o indicador estiver elevado.

3 aplicações financeiras do crédito privado atreladas à inflação

Com o que você conferiu até aqui, é possível perceber as vantagens de realizar investimentos que ofereçam proteção contra o impacto da inflação. Para tanto, vale considerar buscar alternativas do crédito privado, que faz parte da renda fixa.

Com os títulos disponíveis, há como encontrar saídas de como investir na inflação e se proteger do cenário. A seguir, conheça quais são essas possibilidades!

1. CRI

O certificado de recebíveis imobiliários (CRI) é um tipo de título de renda fixa atrelado ao mercado de imóveis. Ele é emitido a partir da cessão de direitos creditórios de uma empresa do setor, em troca da antecipação de recebíveis.

Então, a empresa (cedente) dá o direito à emissora do CRI de receber os valores que serão pagos pelos clientes (sacados) no futuro. Nesse ponto, os direitos são transformados em títulos por um processo conhecido como securitização, e passam a ser negociados no mercado.

Para haver a proteção da inflação, o rendimento deve ser híbrido. Ou seja, composto por uma taxa fixa mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Normalmente, esse investimento tem um prazo mais longo e menos liquidez. Porém, também pode oferecer um retorno maior que os demais títulos de renda fixa, o que ajuda na composição do portfólio.

2. CRA

Já o certificado de recebíveis do agronegócio (CRA) é semelhante ao CRI, mas tem como diferença o setor de atuação. No caso, o CRA é baseado nos direitos creditórios de empresas ligadas ao segmento do agronegócio.

A dinâmica do investimento é igual à do CRI, então ele apresenta as mesmas vantagens. Ademais, tanto o CRA e quanto o CRI são isentos de Imposto de Renda (IR) para a pessoa física. Logo, é possível obter uma rentabilidade líquida maior e favorecer a conquista do retorno real sobre o patrimônio alocado.

3. Debêntures

Já as debêntures são títulos de dívida emitidos por sociedades anônimas de diferentes segmentos. As companhias emitem esses títulos para captar recursos para suas atividades e, em troca, pagam o retorno combinado. Se ele for atrelado à inflação, oferece proteção contra um cenário de alta no indicador.

É comum que as debêntures tenham prazos de vencimento de 2 anos ou mais, além de baixa liquidez. Porém, elas podem oferecer um potencial de ganhos maior que o de outros títulos atrelados à inflação.

Vale notar que existem debêntures de diferentes tipos. Veja as principais:

  • debêntures comuns: são tributadas pelo Imposto de Renda;
  • debêntures incentivadas: são emitidas por empresas ligadas à infraestrutura e são isentas de IR;
  • debêntures conversíveis: permitem o pagamento de retorno em ações da companhia emissora;
  • debêntures permutáveis: permitem que o pagamento ocorra em ações de outra empresa;
  • debêntures simples: são aquelas que não podem ser convertidas em ações;
  • debêntures perpétuas: não têm prazo certo de vencimento e oferecem condições de pagamento contínuo de retorno.

Como escolher investimentos diante de uma inflação alta?

Agora que você sabe onde investir com a inflação alta, é importante entender como escolher entre as alternativas do mercado financeiro. O primeiro passo envolve a análise do perfil de investidor. Embora essas opções apresentadas sejam de renda fixa, elas têm riscos maiores que outros títulos.

Isso acontece porque elas não têm cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Logo, é preciso conferir se essa característica está alinhada ao seu nível de tolerância aos riscos.

Além disso, é necessário considerar os objetivos financeiros. Como esses são títulos com prazo maior e liquidez reduzida, é comum que sejam mais adequados para quem pode manter o dinheiro aplicado por mais tempo.

Por outro lado, as alternativas que você conferiu podem ajudar na composição de uma carteira de investimentos diversificada — e com maior proteção em relação à variação do IPCA. Com isso em mente, é possível selecionar os títulos mais alinhados com a sua estratégia e necessidades.

Neste artigo, você viu 3 possibilidades de investimentos atrelados à inflação que podem oferecer proteção contra a perda do poder de compra. Antes de aplicar o dinheiro, vale considerar as características dos títulos, do perfil de investidor e dos seus objetivos para fazer escolhas adequadas para o portfólio.

Quer saber mais sobre essas alternativas? Fale com um especialista Laqus e entenda como podemos ajudar!


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