Qual a diferença entre CRA, Nota Comercial e Debênture. Entenda mais!

Qual a diferença entre CRA, nota comercial e debênture? Entenda!

A renda fixa conta com diferentes oportunidades que podem ser aproveitadas tanto por investidores quanto por empresas que desejam captar recursos. Entre as alternativas de títulos que atendem a essa finalidade, estão o CRA, a debênture e a nota comercial.

Apesar de terem similaridades — como a classe de investimentos da qual fazem parte —, o funcionamento e as indicações variam. Ao conhecer as distinções, é possível entender o que faz mais sentido para obter recursos ou para conquistar rentabilidade.

Neste artigo, você compreenderá o que diferencia a nota comercial, o CRA e a debênture. Confira!

O que é a debênture e como funciona?

As debêntures correspondem a títulos de dívida emitidos por empresas públicas ou privadas. Elas são investimentos de renda fixa, classificados como títulos de crédito privado.

Assim, o rendimento das debêntures segue as regras da renda fixa, do mesmo modo que os demais títulos que você verá neste conteúdo. Então, em comum, há o fato de as alternativas de remuneração poderem ser prefixadas, pós-fixadas ou híbridas.

As debêntures são títulos de liquidez diária, os quais o comprador não pode recomprar a qualquer momento, mas pode vender no mercado secundário pelo valor de “mercado”. O mercado secundário possui uma liquidez variável, no sentido de ter mais movimentações em quantidade e volume – normalmente, alguns papéis específicos são mais líquidos e outros nem tantos e os títulos mais líquidos tem um preço de mercado mais “confiável”.

Para os investidores

Quanto às vantagens e desvantagens, elas variam para os investidores e para as empresas. Quem investe nesse tipo de título pode ter mais ganhos, em comparação a outros investimentos da renda fixa.

Porém, o risco também é maior, já que as debêntures não têm cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Uma forma de mitigar os riscos é buscar debêntures com garantias. Nesse caso, a empresa pode oferecer um bem como garantia do pagamento nas condições previstas.

Para as empresas

Já em relação às empresas que fazem a emissão de debêntures, essa é uma solução do mercado de capitais para a captação de recursos pelas companhias. Assim como os outros títulos deste conteúdo, eles tendem a gerar menos custos menores que um financiamento ou empréstimo tradicional.

Contudo, é preciso ter atenção com o processo de emissão, que envolve a deliberação do conselho e a assembleia geral de acionistas. Ademais, as ofertas públicas de debêntures devem ser registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O que é CRA e quais são suas características?

Os certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs) também são investimentos de renda fixa classificados como que fazem parte do crédito privado. A diferença em relação às debêntures é que eles são emitidos por securitizadoras, que realizam um processo de antecipação de recebíveis para as companhias.

Então, aA empresa (cedente) recebe um montante financeiro com deságio, referente aos recebíveis, os fluxos financeiros que a empresa receberá no futuro, que possuiprevistos em determinado momento. A partir de então, a securitizadora passa a deter os direitos creditórios e os transforma em títulos negociáveis no mercado, como o CRA.

Nesse caso, os investidores fazem a aplicação de recursos e, normalmente, os ganhos estão atrelados ao pagamento dos clientes (sacados). Os CRAs não contam com a cobertura do FGC apesar de serem regulados pela CVM, da mesma forma que as debêntures e os CRIs. Os CRIs são os Certificados de Recebíveis Imobiliários, que apresentam a mesma lógica dos títulos do agronegócio, mas neste caso atrelados a recebíveis do ramo imobiliário.

Para os investidores

Caso haja o interesse de investir em um CRA, é preciso considerar que os riscos são mais elevados que em outros investimentos de renda fixa. Porém, o potencial de ganhos também é maior.

Ainda, há o fato de os CRAs serem isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas. Isso pode favorecer a rentabilidade, tornando esse tipo de título mais atraente.

Para as empresas

Quanto às empresas, o principal aspecto que exige atenção é a limitação para o setor do agronegócio. Apenas empresas do primeiro segmento da economia podem estar envolvidas na emissão desse tipo de título.

Também é preciso considerar a taxa de deságio aplicada na antecipação dos recebíveis. Por outro lado, essa é uma forma prática de adiantar os recebíveis, o que pode ajudar o fluxo de caixa do negócio.

O que é e como funciona a nota comercial?

Outra possibilidade entre os títulos de renda fixa é a nota comercial ou commercial paper. Ela funciona como uma nota promissória e firma um compromisso de pagamento entre a empresa emissora e o investidor.

Esse é um título sem garantias reais — ao contrário de certos tipos de debêntures, como visto neste texto. Por isso, pode oferecer mais riscos ao investidor. Por outro lado, a nota comercial tende a apresentar um prazo menor para pagamento, que contribui para a redução do risco de pagamento.

Para os investidores

A decisão de investir em uma nota comercial pode ser bastante positiva devido ao potencial elevado de ganhos. O prazo menor também pode ser vantajoso para o investidor, que precisa esperar menos para fazer o resgate e pode aumentar a disponibilidade financeira do investidor.

Para as empresas

Em relação às empresas emissoras, a nota comercial traz a praticidade de não exigir garantias reais. Além disso, por ter um prazo menor, ela pode ser usada para rentabilizar o capital de giro a taxas mais baixas. A NC, não possui um prazo máximo para resgate pelas empresas, apontando outra grande vantagem.

 

Quais são as principais diferenças entre as alternativas?

Agora que você conhece como investir e emitir debêntures, CRAs, CRIs e notas comerciais, é possível conhecer as diferenças entre eles. O primeiro ponto é o emissor. Os CRAs e CRIs são emitidos por securitizadoras, enquanto os outros títulos podem ser emitidos pelas próprias empresas.

Além disso, as debêntures só podem ser emitidas por sociedades anônimas não financeiras. Já as notas comerciais podem ser lançadas por esse tipo de empresa, por sociedades limitadas e cooperativas do agronegócio.

Outro detalhe é que CRAs, CRIs e debêntures dependem de um agente fiduciário, enquanto os commercial papers podem ser lançados diretamente aos investidores. Porém, ambas as opções de crédito não possuem um prazo máximo para emissão. As garantias também variam, podendo ser aplicadas para as debêntures.

Conseguiu compreender as diferenças entre CRA, CRI, debênture e a nota comercial? Agora você tem condições de definir o que faz mais sentido para uma estratégia de investimento ou de captação de recursos na sua companhia.

Aproveite para falar conosco da Laqus e conhecer as oportunidades disponíveis!


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